A infertilidade é um problema muito comum entre os casais. Ela pode ser considerada quando o casal passa por 12 meses tentando engravidar, sem o uso de métodos contraceptivos, e não obtém sucesso.
Ela pode ser causada tanto por fatores masculinos quanto femininos, sendo relacionados a alterações fisiológicas no corpo dos pacientes, lesões ou obstruções nos órgãos reprodutivos que impeçam o transporte dos gametas e alterações que interferem na produção e qualidade de óvulos e espermatozoides.
Mulheres acima de 35 anos possuem uma reserva ovariana mais reduzida, por isso, a pesquisa da infertilidade já pode ser considerada a partir de 6 meses de tentativas falhas de engravidar. Além da idade, outros fatores também podem contribuir para este problema, como miomas uterinos, pólipos endometriais, doenças inflamatórias, desequilíbrio hormonal e doenças como a endometriose.
Casos em que mulheres passam por essas alterações e doenças, não apresentam infertilidade em 100% das pacientes. A infertilidade está relacionada a essas alterações, mas algumas portadoras dessas doenças conseguem engravidar, como as pacientes com endometriose.
A seguir, saiba mais sobre a endometriose e entenda como a doença está relacionada com a infertilidade feminina.
Muitos casais em idade reprodutiva buscam alcançar a gravidez. Alguns podem enfrentar problemas nessas tentativas e descobrirem a infertilidade. Ela é caracterizada por inúmeras tentativas falhas de gravidez, mesmo após manter relações sexuais sem qualquer método contraceptivo. A infertilidade pode ser diagnosticada após 1 ano de insucesso.
É um problema muito comum entre os casais e pode ser causada por fatores masculinos e femininos. Doenças e alterações fisiológicas nos órgãos reprodutivos são umas das principais causas de infertilidade. Quando a produção e a qualidade dos gametas são comprometidas por algum motivo, o casal também pode encontrar dificuldades para engravidar.
Problemas na ovulação, diminuição da reserva ovariana, a qualidade dos óvulos que naturalmente diminui com o tempo, obstruções ou danos nas tubas uterinas causadas por infecções ou inflamações e doenças como a endometriose são alguns dos principais causadores de infertilidade feminina.
Já os homens inférteis, podem passar por dificuldades como alterações na produção ou transporte de espermatozoides, obstrução nos canais deferentes que impede a passagem dos gametas, infecções no trato genital, entre outros fatores.
O útero é um órgão reprodutivo da mulher, responsável pelo desenvolvimento e nascimento do feto. Ele é formado por três camadas de tecido:
A endometriose acontece quando o endométrio, a camada de revestimento da parede interna do útero, inicia seu crescimento em outras regiões como ovários, tubas uterinas, bexigas ou outras áreas da região pélvica.
É uma doença comum que atinge muitas mulheres em idade reprodutiva. Muitas delas costumam não perceber sintomas mais presentes e demoram a diagnosticar o problema. O principal sintoma é a dor forte localizada na região pélvica durante o período menstrual, o que pode ser facilmente confundido com cólicas menstruais.
Em sua grande maioria, a endometriose está relacionada com a infertilidade e sua influência varia de acordo com o grau da doença. O principal fator para este problema é a alteração causada nas tubas uterinas, que podem ficar obstruídas com as aderências formadas no peritônio ou outros órgãos pélvicos.
Algumas pacientes com endometriose podem também desenvolver cistos nos ovários, os chamados endometriomas, que podem inflamar os ovários, comprometendo a ovulação e sua qualidade. A endometriose pode também gerar alterações inflamatórias e imunológicas no útero e no endométrio, que acabam interferindo na implantação do embrião.
A endometriose pode ser encontrada de três formas: superficial, ovariana e profunda. Em sua forma superficial, ela atinge normalmente o peritônio, camada de revestimento interno dos órgãos da região pélvica e abdominal. Na endometriose ovariana, são formados cistos nos ovários, também conhecidos como endometriomas. E na endometriose profunda, os focos da doença se infiltram nas paredes dos órgãos de forma mais intensa.
As causas da endometriose não são totalmente bem definidas, mas alguns fatores podem influenciar neste problema como: a menstruação retrógrada, crescimento de células embrionárias, deficiência no sistema imunológico e influência genética.
Em alguns casos, pode haver fatores de risco que influenciam no desenvolvimento da doença, como:
O sintoma mais associado à endometriose é a dor intensa na região pélvica durante o ciclo menstrual. A dor pode surgir durante o período de menstruação e aumentar conforme o tempo.
A mulher com endometriose também pode apresentar dor durante as relações sexuais, principalmente quando a penetração é mais profunda, dor ao urinar e evacuar durante o período menstrual, fadiga, diarreia durante o período menstrual e infertilidade.
Os sintomas de endometriose podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, por isso é essencial que a mulher procure auxílio médico aos surgirem os primeiros sintomas. Quando identificada no início, o tratamento para a doença costuma ser mais eficaz.
O tratamento da endometriose depende da gravidade de cada caso e do desejo da mulher. Mulheres que não desejam engravidar recebem o tratamento de medicamentos anti-inflamatórios e anticoncepcionais orais com estrogênio e progesterona ou apenas progesterona.
Mulheres que desejam engravidar ou em casos de resposta insatisfatória ao tratamento com medicamentos, devem passar pela intervenção cirúrgica. Normalmente é feito por laparoscopia, no qual os focos da doença são retirados e as aderências formadas são destruídas.
Para mulheres que apresentam infertilidade causada pela endometriose e possuem o desejo de engravidar, é recomendado o tratamento pela reprodução assistida.
A endometriose é comumente associada à infertilidade e é realmente um dos principais sintomas da doença. Porém, algumas mulheres com este problema podem engravidar de forma natural.
Quando isso não ocorre, a paciente pode optar pelo tratamento por meio da reprodução assistida, que conta com três diferentes técnicas: relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).
A RSP e a IIU são técnicas de menor complexidade, realizadas de forma mais natural, em que a fecundação ocorre dentro do útero da mulher. A indicação dessas técnicas depende de outros fatores, como a avaliação da fertilidade masculina.
Já a FIV, é considerada uma técnica de alta complexidade, com muitos resultados positivos no tratamento e muito indicada em casos mais graves de infertilidade. É muito indicada quando há falhas de outros procedimentos ou quando as tubas uterinas da paciente são afetadas.
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